sábado, 30 de julho de 2011
Mesas Vazias
"A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!"
Atualmente estamos cercados de amigos, ninguém mais está só. Será?
Estamos constantemente aceitando solicitações de amizades, as redes sociais como o Facebook, Orkut, twiter, entre outras estão cada vez mais aproximando pessoas que muitas vezes nem se conhecem pessoalmente. É fato, essa modernização dos meios de comunicação favoreceu o encontro de pessoas que nunca teriam a oportunidade de se conhecerem, parentes ou amigos que moram distantes, entre outras infinidades de possibilidades. No entanto, até que ponto conseguimos socializar de um modo real todo esse mundo de amigos? Até que ponto realmente estamos socializando?
Percebo que estamos cada vez mais distantes de um contato pessoal, namoros terminam por mensagens, pessoas discutem seus problemas por meio do msn, frases são postadas nas redes sociais como meio de se fazer notar ou demonstrar sentimentos, mas e os olhos nos olhos, onde está?
Na minha prática diária em sala de aula tenho percebido a dificuldade dos meus alunos de trabalharem em grupo, de respeitarem os limites da boa convivência com os demais colegas, de exporem sua opinião. Noto que muitos deles postam vídeos o tempo todo na Internet, participam de várias comunidades virtuais, mas que não conseguem ter a mesma postura na vida "real" e me pergunto até que ponto um cronômetro de amigos na rede virtual significa realmente socialização?
Sou adepta de redes sociais, faço o uso de email diariamente para me comunicar, mantenho contato com meus familiares que moram distante por meio do msn, mas no entanto, não dispenso uma conversa e uma roda de chimarrão com meus amigos, não consigo me imaginar trancafiada dentro de casa apenas conversando pelo computador, preciso do olho no olho, de ouvir o som de um sorriso, de sentir o perfume que exala do contato humano.
Não sei como essa nova geração enfrentará os problemas que a falta do convívio real pode trazer para a vida social, pessoal e profissional destes, mas acredito que está cada vez mais evidente a individualidade, o egoísmo, a falta de paciência para com o outro. Acredito que é necessário uma profunda reflexão, conversas, debates para que amanhã os consultórios psiquiátricos não estejam lotados de pessoas que sabem viver mas não conviver!
Aprendendo a Aprender...
Muitas vezes acreditamos que nada mais pode acontecer em nossas vidas ou que já obtivemos tudo o que poderíamos de uma situação, no entanto vem a vida e nos mostra a importância de aprendermos a aprender novamente.
Acredito que temos a realidade que desejamos, e vou me explicar melhor...Nós temos aquilo que desejamos, pois o ser humano é infinito em possibilidades, no entanto nos acostumamos com a rotina que criamos, com as pessoas que convivemos, com a maneira mais fácil e prática de dar aula, aplicar um projeto, ou seja, nos acomodamos, porque mudar exige esforço, exige que deixemos de lado o ócio e que venhamos a colocar os músculos e o cérebro para funcionar.
Costumo tentar a aprender com o mar, é o mar! Nele vejo a força, a constante atividade e energia, que acredito serem necessárias para aprender e ser na vida, não quero apenas passar por ela quero construí-la, modificá-la, reinventá-la! Quero poder construir pontes de conhecimento, trocar experiências, tecer teias de saber, não quero ser apenas mais uma professora em uma escola, desejo mais, desejo poder mudar alguma coisa no mundo, mas sei que esse desejo todo que habita em mim vai me exigir muito suor, muita luta contra mim mesma para que eu não me permita cair na rotina, no comodismo...não é fácil, pois travar batalhas com o mundo não é o mais difícil, difícil mesmo é matar monstros que moram dentro da gente, seres que nós mesmos alimentamos com nossos medos e dúvidas, difícil mas não impossível, nunca impossível!
Acredito que temos a realidade que desejamos, e vou me explicar melhor...Nós temos aquilo que desejamos, pois o ser humano é infinito em possibilidades, no entanto nos acostumamos com a rotina que criamos, com as pessoas que convivemos, com a maneira mais fácil e prática de dar aula, aplicar um projeto, ou seja, nos acomodamos, porque mudar exige esforço, exige que deixemos de lado o ócio e que venhamos a colocar os músculos e o cérebro para funcionar.
Costumo tentar a aprender com o mar, é o mar! Nele vejo a força, a constante atividade e energia, que acredito serem necessárias para aprender e ser na vida, não quero apenas passar por ela quero construí-la, modificá-la, reinventá-la! Quero poder construir pontes de conhecimento, trocar experiências, tecer teias de saber, não quero ser apenas mais uma professora em uma escola, desejo mais, desejo poder mudar alguma coisa no mundo, mas sei que esse desejo todo que habita em mim vai me exigir muito suor, muita luta contra mim mesma para que eu não me permita cair na rotina, no comodismo...não é fácil, pois travar batalhas com o mundo não é o mais difícil, difícil mesmo é matar monstros que moram dentro da gente, seres que nós mesmos alimentamos com nossos medos e dúvidas, difícil mas não impossível, nunca impossível!
"Gostaria que você soubesse que existe dentro de si uma força capaz de mudar sua vida, basta que lute e aguarde um novo amanhecer."
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Fazer Sorrir...
Nem sempre conseguiremos lembrar de todas as pessoas que cruzaram nosso caminho, mas certamente lembraremos daquelas que nos fizeram sorrir.
As vezes me pergunto se sei realmente o que estou fazendo da minha vida, se tenho a real dimensão de como posso fazer a diferença na vida de alguém. Sempre me senti desprestigiada quando alguma pessoa me perguntava qual a minha formação e eu respondia "História", sentia um olhar de "pena" recaindo sobre mim e acabava por realmente me sentir uma coitada por ter feito a escolha da licenciatura, no entanto, ultimamente tenho me questionado se este olhar de "pena" não seria culpa minha, pois eu me permitia sentir e aceitar tal imposição de penúria.
Ultimamente comecei a me olhar diferente, comecei a perceber como posso ser importante na vida de alguém, e esta mudança de pensamento começou a acontecer depois que um aluno me disse que eu era muito mais do que uma professora, eu era uma amiga, um porto seguro. Foi a partir destas palavras que comecei o meu processo de reconhecimento, reconhecer como uma palavra, um olhar, um sorriso, podem fazer toda a diferença na vida das pessoas com as quais eu convivo, bem como, tais gestos podem ensinar muito mais que livros didáticos.
Percebi que uma sala de aula por si só não significa aprendizagem, é preciso que haja troca de experiências entre aqueles que passam por ela, é preciso que haja humanidade para que o conhecimento se torne efetivo, é preciso olhar o outro como um Ser, pois talvez as palavras nem sejam necessárias para que os aprendizados mais impotantes sejam construídos.
"Daqui a 50 anos eu ainda vou saber seu nome e vou me lembrar de todas as vezes que você me fez sorrir" (Caio Fernando Abreu)
segunda-feira, 25 de julho de 2011
A arte de aprender!
"OS QUE DESPREZAM OS PEQUENOS ACONTECIMENTOS NUNCA FARÃO GRANDES DESCOBERTAS" (Augusto Cury)
Nunca pensei que o dia a dia fosse algo tão crucial para o desenvolvimento humano. Sempre acreditei que a vida fosse feita de grandes acontecimentos que mudariam o rumo, o destino das pessoas, sempre esperei por grandes momentos de felicidade: uma viagem, a compra de um bem, a realização de um sonho, mas no entanto, percebi com o passar do tempo e com a perda de alguns amigos queridos que já se foram, de uma maneira inesperada e até mesmo cruel, que a vida na verdade se resume a acontecimentos diários e que se não soubermos enxergar as pequenas alegrias nunca estaremos preparados para os "grandes acontecimentos", pois estes na verdade podem até mesmo nunca acontecer!
Depois de algum tempo percebi que esta busca desenfreada por grandes momentos de felicidade é adquirida na infância, não estou aqui culpando meus pais, nunca, jamais! Estou na verdade, fazendo uma reflexão!
É na infância que aprendemos a esperar os grandes momentos, a chegada no Natal para ganhar a tão sonhada bicicleta, o aniversário, as férias escolares, o dia das crianças...é sempre uma espera que se sucede com um grande acontecimento. Na vida adulta esperamos a chegada do príncipe encantado, a compra da casa própria, a compra de um carro, a viagem dos sonhos, uma roupa caríssima, uma bolsa que custa uma fortuna, a formatura, o casamento, enfim...uma lista interminável de "quando eu tiver tal coisa" serei feliz. No entanto, nos esquecemos que são nas pequenas trocas, no convívio diário, num sorriso, num afago, num eu te amo de uma criança, numa divisão de lanche, num bom dia que a felicidade existe e se perpetua.
É preciso aprender mais com as pequenas coisas, é necessário sermos mais atentos aos que nos cercam, é importante olharmos cada dia como uma nova oportunidade de apredizagem, de ensino, de troca, de construção de um caminho que não se pode voltar, apenas seguir e seguir sempre!
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